IECC: nº 220 - 20 de março de 2023

Editor: Prof. Nivalde J. de Castro

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Índice

1 Marco Institucional

1.1 Governo estima recorde de expansão de oferta de energia em 2023 com aumento de eólica e solar

O governo federal informou na noite desta quarta-feira, 15, que estima um recorde histórico no crescimento da oferta de geração de energia elétrica no Brasil para este ano. A perspectiva de expansão da capacidade instalada se deve, principalmente, ao incremento das fontes eólica e solar no sistema elétrico nacional. A estimativa foi apresentada durante reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). O colegiado, presidido pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, é responsável por acompanhar e avaliar permanentemente a continuidade e segurança no fornecimento no País. Durante a reunião, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), informou que fevereiro finalizou com os melhores níveis de armazenamento no sistema nos últimos 16 anos. As condições favoráveis estão diretamente relacionadas à geração de energia mais barata no País, já que não é necessário acionar usinas mais caras, como as térmicas. (Broadcast Energia - 15.03.2023)

1.2 MME faz indicações suplementares para CA da Petrobras

O MME apresentou à Petrobras na última quarta-feira, 15 de março, indicações suplementares para o Conselho de Administração e formalizou as indicações para o conselho Fiscal da estatal. As eleições ocorrerão na próxima Assembleia Geral de Acionistas da Petrobras. A pedido do MME, as indicações para o conselho de administração serão avaliadas pelos órgãos competentes da Companhia para que caso haja algum tipo impedimento nos indicados anteriormente possam ser realizadas substituições tempestivamente, sem atraso na realização da Assembleia. Para o CA, foram indicados Renato Galuppo; Anelize Lenzi Ruas de Almeida e Evamar José dos Santos. Já para o CF os nomes são Daniel Cabaleiro Saldanha e Cristina Bueno Camatta como membros titulares e , Gustavo Gonçalves Manfrim e Sidnei Bispo como suplentes. (CanalEnergia – 16.03.2023)

1.3 MME: Investimento de R$ 9 bi em novas linhas de transmissão

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse na última sexta-feira que o governo federal vai contratar, até o final do ano, R$ 9 bilhões em linhas de transmissão. Segundo ele, as cifras fazem parte do plano do MME para infraestrutura. “Hoje, o ministro de Minas e Energia falou aqui da assinatura de contrato com novas linhas de transmissão na ordem de R$ 3 bilhões prontos para assinar. Até o mês de julho, ele cita algo em torno de mais R$ 9 bi em novas linhas de transmissão no país. Isso se faz absolutamente necessário porque o Brasil hoje virou referência internacional em energia renovável. Um leilão será publicado para que, até o fim do ano, a gente contrate mais R$ 9 bi em linhas de transmissão", afirmou o ministro da Casa Civil. Recentemente, a diretoria da Aneel aprovou edital de contratação de novas linhas de transmissão e aumento da capacidade de sub-estações de energia com previsão de investimento de R$ 15,8 bilhões. (Valor Econômico - 13.03.2023)  

2 Empresas

2.1 Petrobras/Shell: Acordo de parceria envolve transição e renováveis

O memorando de entendimentos assinado entre Petrobras e Shell na última quinta-feira, 9 de março, também contemplará esforços de transição energética, com ênfase em renováveis e Captura, Utilização e Armazenamento de Carbono. As empresas anunciaram uma parceria de cinco anos para identificar potenciais oportunidades de negócio no upstream, compartilhando experiências e melhores práticas em redução de emissões de carbono e iniciativas socioambientais. O contrato tem duração de cinco anos. O acordo não vinculante foca em potenciais oportunidades de exploração dentro e fora do pré-sal, incluindo a Margem Equatorial. Na parte ambiental, Petrobras e Shell pretendem estabelecer projetos para preservar e restaurar a biodiversidade, com o objetivo de emitir créditos para compensar as emissões de carbono. As empresas também buscarão atuar em conjunto em projetos de investimento social. Somente após a conclusão de análises técnicas por grupo multidisciplinar, projetos oriundos do acordo terão estimativas oficiais de custo e retorno, para que no futuro sejam apreciados de acordo com a governança da companhia. (CanalEnergia – 10.03.2023)

2.2 Eletrobras: Lucro cai 36% em 2022

A Eletrobras fechou 2022 com lucro líquido de R$ 3,6 bilhões, retração de 36% quando comparado ao ano de 2021. O resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em de R$ 11,3 bilhões e o ebitda recorrente no ano foi de R$ 17,8 bilhões. No quarto trimestre de 2022 a empresa registrou prejuízo líquido de R$ 479 milhões, revertendo o o lucro líquido de R$ 610 milhões obtido no quarto trimestre de 2021. O ebtida no trimestre ficou em R$ 1,4 bilhão, queda de 30%. Segundo a empresa, o resultado foi impactado negativamente pela contabilização das despesas previstas para o plano de demissão voluntária realizado em dezembro de 2022 que soma R$ 1,26 bilhão e contou com a adesão de 2.494 empregados, com 13 meses de pay back) e também pelo aumento de R$ 4,5 bilhões nas provisões para crédito de Liquidação duvidosa, que passaram de pouco mais de R$1 bilhão em 2021 para R$ 5 bilhões, com destaque para provisão de R$ 3,3 bilhões feita pela Holding relativa aos recebíveis da Amazonas Energia. Outro ponto de destaque nesse sentido também foi a deflação ocorrida no período, que resultou em uma redução de R$ 1,7 bilhão nas receitas de transmissão. No trimestre o efeito teve ainda a participação do aumento das despesas financeiras com a consolidação da Santo Antônio Energia. O volume de energia vendida no ano passado somou 127,6 GWh, 1% menos do que em 2021. Já no trimestre foram negociados 32,7 GWh, ou 0,2% a mais do que no mesmo período do ano anterior. Em seu primeiro ano mais privada do que pública, a Eletrobras realizou R$ 5,6 bilhões de investimentos, representando 108% do orçado, o que em suas palavras representam a recuperação de sua capacidade de investimento no setor, com destaque para reforços e melhorias de transmissão de grande porte, que proporcionarão uma agregação de receita anual de cerca de R$ 150 milhões. Foram investidos, no quarto trimestre, R$ 563 milhões em geração de energia, R$ 827 milhões em transmissão e R$ 19 milhões em Sociedades de Propósito Específico (SPE). (CanalEnergia - 14.03.2023)

 

2.3 Eletrobras: Energias renováveis representam 97% da capacidade instalada da empresa

O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, declarou que a empresa é atualmente responsável por 23% da capacidade instalada de geração de energia do Brasil. Do total, 97% são provenientes de fontes limpas. Segundo o executivo, a mpresa ainda reduziu em 42% a intensidade das emissões de carbono no ano de 2022. A Eletrobras encerrou o ano com uma intensidade de emissões de 52 toneladas de carbono por MWh gerado, uma redução de 37 toneladas por MWh na comparação anual. O presidente disse ainda que a companhia tem como ambição se tornar uma referência em ESG (sigla em inglês para ações ambientais, sociais e de governança). “Ao final deste mês, vamos ter a divulgação do nosso novo plano estratégico”, afirmou Wilson Ferreira Júnior. (Valor Econômico - 14.03.2023)

2.4 Eletrobras coloca leilão de transmissão como prioridade no ano

A Eletrobras afirmou que estuda preliminarmente a forma de participar dos próximos leilões de transmissão de energia e que vê nesse segmento de atuação um nicho importante para sua expansão no país. A empresa não deu detalhes sobre quais pontos estão em análise dentro da organização, mas seu CEO, Wilson Ferreira Jr, destacou que há projetos excelentes que estarão em disputa e que a companhia analisa os lotes, bem como a composição que deverá ser formada para a disputa. Essa pode ser em parceria ou de forma individual, sempre com o controle majoritário de eventual associação. Um dos motivos pelo qual a Eletrobras também deve apostar no segmento é o fato de que a empresa precisa encontrar formas de manter a receita em transmissão no futuro, uma vez que os recebíveis da RBSE têm um final. Então, um dos caminhos para se manter relevante no longo prazo está na busca por contratos de longo prazo para que as receitas da empresa sejam asseguradas. A estimativa do governo para o ano é de que os leilões deste ano possam alcançar investimentos de até R$ 50 bilhões em novos projetos de expansão para, principalmente, atender o escoamento da geração de fontes solar e eólica do Norte e Nordeste para o centro de carga, no Sudeste. Nesse sentido, além de reforços das redes no interior das regiões há ainda uma previsão de um novo bipolo que poderá inclusive, ser em corrente contínua, com menor número de perdas. Para que essa previsão possa se confirmar o calendário de leilões prevê três certames dessa natureza ao longo de 2023, normalmente são apenas dois leilões, um em junho e outro em dezembro. (CanalEnergia – 14.03.2023)

3 Leilões

3.1 Aneel prevê investimento de R$ 19,7 bi em leilão de transmissão marcado para 31 de outubro

A Aneel estima que o segundo leilão de transmissão deste ano, previsto para ocorrer no dia 31 de outubro, deve envolver R$ 19,7 bilhões em investimentos. O certame é o maior deste segmento já realizado pela agência reguladora. A proposta de minuta do edital foi apresentada nesta terça-feira, 14, e passará por consulta pública de 17 de março e 2 de maio. Após essa fase, o documento deve ser submetido a análise do Tribunal de Contas da União (TCU). No total, devem ser construídos 4.471 quilômetros de linhas de transmissão e uma nova subestação, que passarão pelos Estados de Goiás, Maranhão, Minas Gerais, São Paulo e Tocantins. Pelas regras do leilão, as concessões foram divididas em 3 lotes. O grande destaque da rodada é o lote 1, que trata de um bipolo em corrente contínua em 800 kV, para aumentar a interligação entre Nordeste e Centro-Oeste e escoamento de excedentes de energia do Nordeste, sobretudo eólica e solar. O empreendimento envolve R$ 15,8 bilhões em investimentos, o equivalente a 81% do montante total previsto para o leilão. (Broadcast Energia - 14.03.2023)

4 Oferta e Demanda de Energia Elétrica

4.1 Consumo de energia volta a crescer em fevereiro após quatro meses, diz setor

O consumo de energia elétrica no Brasil teve um aumento de 1,6% em fevereiro em comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo a CCEE. O calor e a alta demanda de alguns setores no mercado livre foram os principais fatores para esse aumento. Além disso, o ciclo de chuvas fortes acelerou a produção de usinas hidrelétricas, gerando cerca de 57,5 mil megawatts médios para o SIN em fevereiro, um aumento de 1,7% em relação ao ano passado, enquanto a demanda nas termelétricas caiu 38 %. (Folha de São Paulo – 16.03.2023)

4.2 Absolar vê o Brasil crescer em geração solar e alcançar marca histórica de 26 GW de potência instalada

O Brasil ultrapassou uma nova marca histórica, a de 26 GW de potência instalada da fonte solar fotovoltaica, somando as usinas de grande porte e os sistemas de geração própria de energia elétrica em telhados, fachadas e pequenos terrenos, o equivalente a 11,6 % da matriz elétrica do País. O dado é da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). De acordo com a entidade, desde 2012 a fonte solar já trouxe ao Brasil cerca de R$ 128,5 bilhões em novos investimentos, mais de R$ 39,4 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 783,7 mil empregos acumulados. Com isso, também evitou a emissão de 34,5 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade. O Brasil possui cerca de 7,9 GW de potência instalada em usinas solares de grande porte. Desde 2012, as grandes usinas solares já trouxeram ao País cerca de R$ 37,0 bilhões em novos investimentos e mais de 238,2 mil empregos acumulados, além de proporcionarem uma arrecadação aos cofres públicos que supera R$ 12 bilhões. (Petronotícias - 10.03.2023)  

5 Inovação

5.1 Senado cria comissão para discutir políticas públicas sobre hidrogênio verde

O Senado criou uma comissão especial para debater políticas públicas sobre hidrogênio verde, com o objetivo de fomentar o ganho em escala dessa tecnologia de geração de energia limpa no Brasil. A comissão será presidida pelo senador Cid Gomes e terá como membros titulares seis senadores de diferentes partidos. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ressaltou a relevância do tema e desejou boa sorte à comissão especial, que ainda não definiu a data de sua primeira reunião. (Senado Notícias - 14.03.2023)

5.2 MME/Silveira propõe parceria com a Alemanha para impulsionar hidrogênio verde

O ministro de Minas e Energia do Brasil, Alexandre Silveira, propôs ao governo alemão uma parceria para viabilizar a venda de hidrogênio verde produzido no país para a Alemanha. A intenção é estabelecer uma "demanda firme" que possa impulsionar o desenvolvimento da tecnologia no Brasil. Os ministros assinaram um ato que reafirma a parceria energética entre os dois países, com o objetivo de avançar na transição energética, renovando e aperfeiçoando ainda mais a matriz energética. (Broadcast Energia - 13.03.2023)  

5.3 CNI: Indústrias do Brasil e da Alemanha fazem acordo para destinar R$ 21 mi a projetos de H2V

O Senai e a Federação Alemã de Associações de Pesquisa Industrial vão destinar R$ 21 milhões para até dez projetos sobre hidrogênio verde envolvendo pequenas e médias empresas, startups e organizações de pesquisa e tecnologia no Brasil e Alemanha. Os projetos selecionados começarão seu desenvolvimento no início de 2024 e serão executados em polos de desenvolvimento tecnológico brasileiros. A iniciativa faz parte de um acordo bilateral entre Brasil e Alemanha e tem como objetivo acelerar rotas tecnológicas e conexões com empresas produtoras e compradoras de hidrogênio verde. (Broadcast Energia - 13.03.2023) 

5.4 Neuman & Esser investirá R$ 70 mi em fábrica de geradores de hidrogênio verde em Belo Horizonte

A empresa alemã Neuman & Esser (NEA) investirá R$ 70 milhões para construir a primeira fábrica de geradores de hidrogênio verde na América Latina, em Belo Horizonte. A companhia aumentará sua área industrial no município, com foco na fabricação de eletrolisadores e reformadores para a geração de hidrogênio, utilizando tecnologia própria. A iniciativa irá gerar 75 empregos diretos e outros 200 indiretos em Minas Gerais, e está alinhada com o compromisso do estado de neutralizar as emissões de gases de efeito estufa até 2050. (Broadcast Energia - 14.03.2023)  

6 Biblioteca Virtual

6.1 GESEL publica Observatório de Mobilidade Elétrica N° 10

O GESEL está lançando o relatório Observatório de Mobilidade Elétrica número dez. O Observatório de Mobilidade Elétrica do GESEL busca contribuir com a sistematização e divulgação do conhecimento, através da identificação de melhores práticas, lacunas, desafios e perspectivas para a trajetória de uma mobilidade de baixo carbono nos âmbitos nacional e internacional. Para ler o estudo na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 15.03.2023)

6.2 Artigo GESEL/AHK: inovação na cadeia de valor do hidrogênio

Em artigo publicado pelo Portal de Hidrogênio Verde da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK), Nivalde José de Castro (Coordenador do GESEL), Luiza Masseno Leal (Pesquisadora do GESEL-UFRJ) e Vinicius José da Costa (Pesquisador Júnior do GESEL) analisam a cadeia de valor do hidrogênio. Segundo os autores, "verifica-se que programas de promoção do H2R com destaque para o H2V se tornam cada vez mais presentes no mundo, diante das necessidades de acelerar o processo de descarbonização, reduzir a dependência energética de importação de combustíveis fósseis e garantir a competitividade da economia nacional". Para ler o artigo na íntegra, acesse: https://www.h2verdebrasil.com.br/noticia/inovacao-na-cadeia-de-valor-do-hidrogenio/ (GESEL-IE-UFRJ – 14.03.2023)

6.3 Artigo de Paulo Henrique Spirandeli Dantas: "A (curta) janela de oportunidade do hidrogênio verde no Brasil"

Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Paulo Henrique Spirandeli Dantas (advogado especializado em Infraestrutura e Direito Administrativo) trata do avanço da agenda do hidrogênio verde no Brasil e os desafios que apresenta. Segundo o autor, “o Brasil tem um potencial enorme para ser um dos maiores - talvez o maior - produtor de hidrogênio no mundo”. Ele conclui que “um arcabouço legal e regulatório estruturado que acompanhe as tendências do mercado mundial, mas que não fique restrito a elas, é essencial e precisa ser iniciado agora”. (GESEL-IE-UFRJ – 15.03.2023)

6.4 Entrevista com Robert Habeck: Alemanha quer elevar parceria com Brasil e mira sustentabilidade

Em entrevista ao Valor Econômico, Robert Habeck, Vice-Primeiro Ministro e Ministro da Economia e Ação Climática da Alemanha, declarou que a Alemanha quer fortalecer a cooperação econômica com o Brasil, com foco principalmente em setores sustentáveis: “com a mudança de governo no Brasil, uma porta se abriu para uma cooperação estratégica mais intensa”. Além disso, o vice-premiê reforçou que a visita também tem como objetivo ampliar a cooperação nas energias renováveis, principalmente em hidrogênio verde: Para os países industrializados, em particular, o hidrogênio verde é o elemento fundamental para descarbonizar áreas como a indústria de cimento e a siderurgia, apostando em hidrogênio em vez de carvão”, afirmou Robert Habeck. (GESEL-IE-UFRJ – 15.03.2023)

6.5 Artigo de Helena Leonel: "O desmatamento zero europeu e o pulo do gato"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Helena Leonel, bióloga e mestre em Responsabilidade Socioambiental em Ciências Florestais pelas Universidades de Copenhagen e Padova, escreve sobre o novo regulamento europeu sobre o desmatamento. A autora sublinha que a nova legislação exigirá que as empresas da Europa importadoras de commodities implementem um processo de diligência antes da entrada dos produtos no mercado europeu. O processo deverá garantir que sua produção não resultou em desmatamento ou degradação ambiental após 31 de dezembro de 2020. Para a bióloga, "cair no discurso reducionista de que esta é uma medida protecionista do bloco europeu visando prejudicar as economias de países emergentes, desconsidera todo o debate que vem se desenrolando ao longo dos últimos dez anos a respeito da responsabilidade dos países desenvolvidos com as mudanças climáticas por seus padrões de consumo". Por fim, a autora frisa que "para ganhar competitividade, o agronegócio [brasileiro] deve se organizar coletivamente e instituir de vez mecanismos de transparência e rastreabilidade em suas cadeias. Se insistir em bater de frente com o bloco europeu e não enxergar as oportunidades, ficará para trás na corrida pelo desmatamento-zero, que já começou". (GESEL-IE-UFRJ – 16.03.2023)

Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Pesquisadores: Diogo Salles, Fabiano Lacombe e Rubens Rosental.
Assistentes de pesquisa: Sérgio Silva.

As notícias divulgadas no IECC não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa vinculada ao GESEL do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: iecc@gesel.ie.ufrj.br