A possibilidade de federalização das estatais mineiras Cemig e da Copasa ascendeu alertas para riscos políticos e movimentou a opinião de analistas. A operação se daria como parte do pagamento das dívidas do Estado com a União. Um denominador comum na análise dos especialistas, no entanto, é a complexidade da manobra. Analistas do BTG pactual pontuaram as diferenças de riscos para os acionistas da Copasa, que está inserida no Novo Mercado e, portanto, mais protegida, e os da Cemig. Além disso, salientaram que aquisição da Cemig, após a privatização da Eletrobras, poderia ser estratégica para o governo federal. Quanto à Copasa, por ser uma empresa de saneamento, envolveria também competências dos municípios e a federalização se tornaria mais complexa. Os analistas do Safra reforçam a avaliação negativa e lançam mão, também, do exemplo da Eletrobras para apontar pessimismo quanto ao desempenho operacional. Por fim, analistas do Itáu BBA entendem que a operação pode representar uma mudança na gestão e estratégia das empresas que, na opinião deles, já conta com equipes muito boas. (Broadcast Energia – 23.11.2023)