Eletronuclear: Tomada de ações que miram garantir sustentabilidade ante desequilíbrio financeiro

A Eletronuclear está passando por um ‘período de desequilíbrio financeiro’ e alega estar adotando medidas para mitigar esse quadro. No encerramento de 2023, a atual gestão identificou que havia apenas R$16 milhões em caixa e uma dívida de R$240 milhões referente à compra de combustível para as usinas Angra 1 e Angra 2. Para enfrentar a crise, a empresa elaborou um plano de austeridade e equilíbrio econômico-financeiro. Segundo nota da companhia, um dos principais desafios está relacionado à diferença entre o limite de gastos operacionais estabelecido pelo regulador e as despesas efetivas da Eletronuclear. A situação, assim, exige tomada de ação para evitar dependência de recursos da União. Entre as medidas em andamento estão as negociações com a Caixa e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para suspender temporariamente os pagamentos mensais de R$70 milhões relacionados à usina Angra 3, além da possível homologação de um acordo entre a Eletrobras e a União, que prevê a emissão de debêntures de R$2,4 bilhões. Esse montante pode aliviar o caixa e viabilizar investimentos para manter a operação das usinas. Ademais, a Eletronuclear acredita que a continuidade das medidas de austeridade e uma definição sobre o futuro de Angra 3 serão fundamentais para estabilizar a situação financeira da companhia. (Agência CanalEnergia – 17.04.2025)