Eletrobras avança após privatização, mas ações ainda não refletem progresso

Três anos após sua privatização, a Eletrobras mostra avanços operacionais relevantes, como redução de custos, passivos e número de funcionários, além de aumento dos investimentos e acordo com o governo para encerrar disputas. No entanto, esses progressos ainda não se refletiram na valorização das ações, que seguem abaixo do preço esperado no processo de capitalização. Analistas apontam fatores como a sobreoferta de energia, cenário macroeconômico adverso, riscos políticos e interferência do governo — especialmente após a Ação Direta de Inconstitucionalidade sobre o limite de voto — como entraves ao pleno destravamento do valor da companhia. A liberação gradual da energia para o mercado livre, prevista para concluir em 2027, continua sendo um dos principais trunfos, embora impactada por mudanças no setor, como o crescimento da geração solar e a pressão sobre os preços do MWh. Ainda assim, há sinais de melhora no cenário energético e perspectiva neutra no rating, o que pode favorecer a tese de valorização no longo prazo. (Agência Eixos – 16.06.2025)