A oferta de energia no país atingiu 287,6 Mtep em 2020, registrando uma queda de 2,2% em relação ao ano anterior. Seguindo essa tendência na oferta, o consumo final, energético e não energético, recuou 2%, para 254,6 Mtep. Os dados são do Balanço Energético Nacional, ano base 2020, elaborado pelo MME e EPE. O setor de transportes foi um dos mais impactados pela pandemia do Covid-19, tendo o seu consumo de energia reduzido em 6,4%, para 79,3 Mtep. Já o setor de serviços teve uma redução de 9,5%. Enquanto o consumo do setor industrial apresentou um acréscimo de 3,9% puxado pela produção de açúcar, que teve um desempenho de 41,3% acima do ano anterior, refletido no segmento de Alimentos e Bebidas. O país ampliou a participação de renováveis na matriz energética, tendo atingido 48,4%, ante 46,1% em 2019. O avanço da oferta de biomassa da cana (4%) e biodiesel (8,6%) contribui para que a matriz energética brasileira se mantivesse em um patamar renovável superior ao observado no resto do mundo. Além disso, a retração da oferta das fontes não renováveis, com destaque para o recuo de petróleo e derivados (-5,6%), também contribuiu para o alto percentual de renovabilidade da matriz. (Brasil Energia – 01.06.2021)