A energia renovável é um dos negócios que mais cresce no país, sobrecarregado com altas taxas de juros. A capacidade eólica e solar cresceu 260% de 2017 a 2022. A demanda global por hidrogênio verde pode estimular mais crescimento. O consumo global de hidrogênio precisa mais do que quintuplicar para 500 milhões de toneladas anuais em 2050 para que as emissões mundiais cheguem a zero líquido, de acordo com a BloombergNEF. Se o boom do hidrogênio acontecer, pode transformar alguns dos setores mais difíceis de descarbonizar da economia global, como agricultura, transporte marítimo, siderurgia, refino de petróleo e até aviação. O país possui a energia eólica mais barata das Américas por causa dos ventos consistentemente fortes em regiões como o Nordeste. O litoral nordestino também está estrategicamente posicionado para exportação para a Europa, e mesmo com os custos de transporte, a amônia verde brasileira é mais barata do que a produção subsidiada na Alemanha, segundo a BloombergNEF. “Esta nova indústria de hidrogênio vai impulsionar mais expansão das energias renováveis”, disse Natalia Castilhos Rypl, analista da BloombergNEF que cobre hidrogênio verde na América Latina. (Valor Econômico – 29.06.2023)