Gestores de fundos e outros investidores em debêntures da distribuidora Light Serviços de Eletricidade protocolaram na CVM um pedido de instauração de inquérito administrativo para apurar infrações que teriam sido cometidas pelo diretor financeiro e de relações com investidores da Light, Eduardo Gotilla. No documento, o grupo de credores da Light requer que sejam averiguadas possíveis infrações relacionadas ao fornecimento de informações falsas aos assessores jurídicos contratados pelo Grupo Light e ao descumprimento das condutas e obrigações relacionadas aos cargos de diretor financeiro e de relações com investidores. De acordo com a reclamação protocolada junto à CVM, o grupo de credores realizou oito assembleias gerais de debenturistas (AGDs) nas quais foram deliberadas a contratação de assessores legais, financeiro e de imprensa. Em resposta, o Grupo Light apresentou três petições nos autos do processo de recuperação judicial impugnando o resultado de todas as AGDs em que houve contratação de assessores pelos debenturistas. Os credores alegam que as petições protocoladas pelo Grupo Light continham informações falsas, “em ataque aos direitos dos investidores”, sendo “inconcebível” que os documentos “tenham sido produzidas sem a participação ativa do representante da empresa que não é só diretor financeiro, mas também diretor de relação com investidores”. (Valor Econômico – 12.09.2023)