A abertura do mercado livre de energia para pequenos consumidores em 2024 permitiu que empresas com contas mensais acima de R$ 10 mil migrassem para a contratação livre, resultando em cerca de 25 mil novas adesões, principalmente nos setores de comércio e serviços. A principal motivação foi a redução de custos, previsibilidade e sustentabilidade, com destaque para o uso de fontes renováveis como solar e eólica. Comercializadoras como Engie, Bolt e Comerc adaptaram seus modelos com contratos simplificados, plataformas digitais e pacotes de desconto garantido. Apesar da atratividade, fatores como o curtailment, aumento dos preços da energia e volatilidade do mercado exigem atenção redobrada de consumidores e fornecedores. A migração tende a continuar, mas em ritmo mais seletivo e estratégico. A próxima fronteira será a abertura para todos os consumidores de baixa tensão (Grupo B) a partir de 2026, incluindo residenciais em 2027, o que pode transformar o setor, exigindo digitalização, novos modelos de atendimento e competição semelhante à observada no mercado de telecomunicações. (Valor Econômico – 30.05.2025)