Em 2024, o setor de energia bateu recorde de captação no mercado de capitais, com R$ 114 bilhões em debêntures, mas dificilmente o volume será superado em 2025, devido a fatores como os juros elevados e o curtailment, que reduz a geração de eólicas e solares. Apesar disso, a atratividade do setor segue alta, com R$ 39,1 bilhões captados apenas nos primeiros meses de 2025. A preferência do mercado recai sobre projetos maduros e de transmissão, pela previsibilidade de caixa. Bancos como Itaú BBA, Bradesco BBI e BTG Pactual continuam ativos, embora mais cautelosos com renováveis. Já instituições públicas como BNDES, BNB e Banco do Brasil mantêm papel crucial no financiamento às fontes limpas, frente aos riscos regulatórios. O BNDES lidera globalmente no apoio à energia limpa, com 89% de sua carteira voltada a renováveis e R$ 20 bilhões já aprovados para o setor elétrico em 2025. No Nordeste, o BNB identificou retração em novos projetos eólicos, destacando desafios nas cadeias produtivas. Mesmo diante de incertezas, os bancos públicos seguem fomentando projetos sustentáveis com linhas especiais de crédito. (Valor Econômico – 30.05.2025)