A partir de 2026, conforme a Medida Provisória nº 1.300/2025, consumidores residenciais, pequenos comércios e indústrias em baixa tensão poderão acessar o mercado livre de energia. Especialistas, no entanto, alertam que a medida, embora regulatoriamente positiva, pode não ser suficiente para promover uma migração em massa. Para o diretor de regulação da TR Soluções, Helder Sousa, o incentivo financeiro para a migração ainda é limitado, uma vez que apenas 33% da tarifa atual corresponde ao custo da energia, enquanto encargos, transmissão e distribuição compõem a maior parte da conta. Além disso, destaca concorrência com a geração distribuída — que mantém isenção da tarifa fio — limita ainda mais a competitividade do Ambiente de Contratação Livre (ACL). A expectativa é que apenas cerca de 22 milhões de unidades, de um universo de 76 milhões, estejam propensas a migrar. Diante disso, pondera-se que a migração para o mercado livre exigirá um trabalho educacional junto aos consumidores para disseminar conhecimento sobre o ambiente de livre contratação e suas vantagens. (Broadcast Energia – 30.06.2025)