A produção de aço e de cimento é, globalmente, a maior emissora de CO2 no setor industrial, somando em torno de 15% do total, e ambos os setores começam uma corrida para cumprir metas de redução de gases do efeito estufa. Nesse caminho, a CSN inicia um projeto-piloto com tecnologia da empresa portuguesa UTIS, que fará a injeção de hidrogênio verde no processo produtivo de algumas áreas da usina, localizada em Volta Redonda. A tecnologia da UTIS já mostrou resultados em cimenteiras, combustão de resíduos sólidos, biomassa, mas é a primeira vez que será aplicada numa siderúrgica, diz Felipe Spiri, executivo-chefe da CSN Inova Open e cofundador da CSN Inova, braço da companhia que investe em projetos de inovação e tecnologias. Uma diretriz do alto comando da CSN é baixar o uso de combustíveis fósseis (coque de petróleo e carvão metalúrgico) e gás natural, tanto para atender à questão ambiental quanto para se obter economia de custos. Segundo o executivo, o projeto com a UTIS tem grande potencial de ajudar a CSN (bem como outras siderúrgicas) a cumprir metas de descarbonização, usando menos combustíveis fósseis. Ele informa que a empresa adquiriu e implantou, desde 2020, a tecnologia da UTIS na produção de cimento. (Valor Econômico – 22.04.2022)