Desde que entrou em operação comercial, em maio de 1984, a Usina Hidrelétrica de Itaipu já produziu mais de 2,8 bilhões de MWh. Passados quase 38 anos de produção ininterrupta, a usina continua a apresentar indicadores acima da média. A manutenção desse desempenho, porém, tem se tornado cada vez mais complexa, segundo a empresa. Os sistemas e equipamentos elétricos e eletrônicos, projetados para durar 30 anos, já operam há quase 40. Muitos estão tecnologicamente obsoletos, sem sobressalentes no mercado. Em alguns casos, o fabricante nem existe mais. Isso implica em um risco cada vez maior de que eventuais falhas impactem a produção de energia e a segurança operacional da usina. É para minimizar esse risco que a Itaipu já trabalha há anos na elaboração de um plano de atualização tecnológica. Um trabalho extenso e meticuloso, com a participação de profissionais de todas as diretorias da empresa, até o lançamento do edital binacional, no final de 2019. Esse projeto será implantado nos próximos 14 anos. A modernização compreende a avaliação e substituição de equipamentos e sistemas de supervisão, controle, proteção, monitoramento, medição e suas respectivas interfaces com os processos de geração, subestações, vertedouro, os equipamentos auxiliares da barragem e da casa de força. Equipamentos pesados, como turbinas e geradores, não são substituídos, pois têm um ciclo de vida maior. As propostas comerciais foram apresentadas em dólares e equivaliam a aproximadamente US$ 649 milhões. O contrato foi firmado com valores em reais e guaranis à taxa de câmbio às vésperas da apresentação das propostas. O valor total em reais é de R$ 3,7 bilhões. O investimento total estimado, considerado as demais contratações necessárias, ações estruturantes executadas pela própria Itaipu e despesas com gestão, supera a casa de US$ 900 milhões. (Petronotícias – 29.04.2022)