O hidrogênio verde, considerado o combustível da transição energética, deverá enfrentar ainda alguns desafios até deslanchar no Brasil e conquistar o seu espaço. Políticas, perspectivas, projetos e custos sobre o assunto suscitam curiosidade e dúvidas no setor. Segundo Camila Ramos, Sócia Diretora da Clean Energy Latin America, o mercado de H2 verde deve atingir entre 400 e 800 milhões de toneladas por ano em 2050, o que vai representar entre 12% e 22% da demanda total de energia no mundo. De acordo com o levantamento da Bloomberg, o Brasil já tem potencial para produzir o H2 verde mais barato do mundo, cujo custo nivelado ficaria entre US$ 1,7 a US$ 3 o quilo. Porém, apesar do enorme potencial, alguns obstáculos vão ter que ser enfrentados, como a criação de demanda para o combustível; a necessidade de estudo da cadeia de produção do hidrogênio para acelerar a eficiência do custo de produção e das condições de armazenamento e transporte do energético; a preparação de políticas públicas que permitam inovação no segmento e a garantia de pontos básicos como segurança jurídica e custo dos eletrolisadores a preço de mercado. (CanalEnergia – 10.06.2022)