A retirada de “gorduras” do custo final da energia no Brasil, com a limitação de subsídios, maiores ganhos de eficiência e melhorias regulatórias, podem reduzir esse gasto em R$ 100 bilhões, apontaram grandes consumidores de energia a candidatos à Presidência da República. O material elaborado pela Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace) foi apresentado para as equipes de campanha sob o argumento de que as medidas defendidas trariam um alívio de 30% no custo atual, de R$ 350 milhões, que se refletiriam nas tarifas pressionadas pela inflação e encargos nos últimos anos. De acordo com o presidente da Abrace, Paulo Pedrosa, o valor incorpora “tudo que os brasileiros pagam em energia elétrica, as pessoas, os negócios, empresas, mercado livre, mercado regulado”. Ao Broadcast Energia, ele informou ainda que “as conversas foram muito boas” quando questionado sobre a receptividade das propostas. O tema foi discutido com as equipes de Lula (PT), Ciro Gomes (PDT) e com a candidata Simone Tebet (MDB) diretamente. A equipe do presidente Jair Bolsonaro (PL) não respondeu a entidade. Entre as propostas estão: retirada de custos de políticas públicas da conta de luz, fixar prazos e garantias para a regulamentação de programas de resposta da demanda e para contratação de serviços ancilares pela Aneel, apoiar iniciativas de redução de subsídios, alterações no cálculo do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) e também na contratação de energia via leilões, que devem, na visão da associação, “privilegiar a modicidade tarifária como critério de seleção do vencedor”. (BroadCast Energia – 19.08.2022)