De um fiorde na Escandinávia a uma praia no Nordeste brasileiro, os projetos para estudar a viabilidade de produção de hidrogênio verde se proliferaram no mundo, na esteira da busca por novas fontes que garantam o suprimento de energia ao mesmo tempo em que ajudem a reduzir emissões na transição para uma economia de baixo carbono. Na Europa, as atenções se voltaram ao hidrogênio depois que a guerra na Ucrânia e as sanções à Rússia reduziram a oferta de petróleo e gás. Na corrida para suprir essa nova demanda, o Brasil se tornou candidato natural a concorrer para produzir o hidrogênio verde pelo alto índice de energias renováveis que tem na matriz elétrica. Um dos desafios no mundo para o crescimento desse setor é a regulação, ainda em desenvolvimento. No Brasil, ainda não está claro se o setor ficará sob a competência da ANP ou da Aneel. O CNPE instituiu, no começo de agosto, o Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2), que vai debater a regulação do setor, além de identificar oportunidades para a abertura e crescimento desse mercado no país. (Valor Econômico – 26.09.2022)