Entenda a corrida pelo hidrogênio verde e por que o Brasil pode ser uma potência

Com potencial para reduzir a pegada ambiental de setores intensivos em carbono e alavancar o processo de transição energética, o hidrogênio é visto por muitos como o combustível do futuro, com ares de superstar. Mas não é todo tipo de hidrogênio que empolga o mercado. O entusiasmo é pela versão sustentável, chamada de hidrogênio verde, e cuja produção o Brasil tem condições de liderar globalmente. Segundo Joaquim Rolim, coordenador de energia na Fiec (Federação das Indústrias do Estado do Ceará), o Brasil tem condições de produzir o Hidrogênio verde mais barato do mundo. Embora exista em grande quantidade na natureza, raramente ele é encontrado em sua forma elementar, a extração precisa ser feita a partir de alguma matéria-prima, que hoje é principalmente de origem fóssil, como gás natural, petróleo ou carvão. De acordo com a Agência Internacional de Energia, apenas a substituição do hidrogênio “cinza” pelo verde ajudaria a economizar cerca de 830 milhões de toneladas de carbono por ano, o equivalente às emissões de Reino Unido e Indonésia somadas. Se considerar o potencial para substituir outros combustíveis poluentes presentes na siderurgia e na aviação, o impacto positivo para o meio ambiente pode ser ainda maior. (Folha de São Paulo – 10.01.2023)