Haddad: Petrobras pode dar ‘contribuição’ para atenuar volta de tributos sobre combustíveis

A Petrobras vai dar uma “contribuição” para atenuar o impacto da volta da cobrança de tributos federais sobre a gasolina e o etanol. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a política de preços da estatal (conhecida como PPI) tem hoje um “colchão” que pode ser usado no novo modelo de reestruturação tributária sobre combustíveis que será apresentado nesta terça-feira, 28. O ministro afirmou, porém, que o governo respeitará o PPI, que é atrelado ao mercado internacional. “Significa que a atual política de preços da Petrobras tem um colchão que permite aumentar ou diminuir o preço dos combustíveis e ele pode ser utilizado. Essa pode ser uma das contribuições”, afirmou ao sair do Ministério da Fazenda, após ter comunicado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva o resultado da reunião do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, com o presidente da estatal, Jean Paul Prates, para definir um novo modelo de tributação. No novo modelo, que será apresentado nesta terça-feira, 28, depois de nova reunião com Lula, os combustíveis fósseis, como a gasolina, terão carga tributária maior. Esse “colchão” na prática existe porque os preços praticados pela Petrobras no mercado interno estão acima da prática internacional. Segundo o presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), James Thorp, desde semana passada para cá, sobretudo desde sexta-feira (24), o PPI está mais favorável, abrindo espaço para a Petrobras reduzir os preços da gasolina e do diesel. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse em nota após reunião com a diretoria da Petrobras, no Rio de Janeiro, que o governo “busca de caminhos seguros que garantam o crescimento do País e o bem-estar do povo brasileiro, corrigindo distorções fiscais criadas artificialmente pelo governo anterior.” (O Estado de São Paulo – 27.02.2023)