O Brasil e o Paraguai chegaram a um acordo para a tarifa de Itaipu que envolve um aumento de 15,3% na tarifa cobrada pela usina, dos atuais US$ 16,71 por quilowatt-mês para US$ 19,28/KW.mês, valor que será válido até 2026. No entanto, foi desenhado um arranjo para que o consumidor brasileiro não perceba o aumento tarifário. Haverá uma espécie de repasse dos US$ 3 adicionais a serem arrecadados por Itaipu Binacional, possibilitando um encontro de contas entre a empresa sua controladora brasileira, a Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional S.A (ENBPar). Com o acordo, costurado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o Brasil cede, em parte, aos anseios do país vizinho, que queria uma elevação do Custo Unitário dos Serviços de Eletricidade (Cuse), para US$ 22/KW.mês. No entanto, destrava as negociações para a revisão do Anexo C, que estabelece as bases financeiras e de prestação dos serviços do Tratado entre os dois países. A permissão para o Paraguai vender no mercado livre de energia (ACL) brasileiro seus excedentes de energia atende a uma demanda antiga do país vizinho, que há anos vem pleiteando essa mudança no acordo. Com isso, o Paraguai passará a disputar mercado com outros geradores brasileiros, e os consumidores regulados ficam livres de obrigações de comprar a energia excedente do Paraguai. (Broadcast Energia – 07.05.2024)