O Operador Nacional do Sistema (ONS) enfrenta desafios significativos para garantir a segurança do abastecimento de energia durante o horário de ponta, que ocorre entre 18h e 19h, quando o consumo de eletricidade atinge seu pico devido ao uso intenso de iluminação pública e aparelhos domésticos. Recentemente, os picos de demanda também têm sido notados nas tardes quentes devido ao uso de ar-condicionado. No dia 19, o ONS precisou acionar usinas térmicas para manter a confiabilidade do sistema, elevando o custo marginal de operação para R$ 1.248/MWh. A situação é agravada pela estiagem que afeta as hidrelétricas na região Norte, como Belo Monte e Jirau. A geração solar, que fornece cerca de 30 GW no início da tarde, cai drasticamente à noite, enquanto a geração eólica só atinge seu pico após o horário de ponta. As usinas nucleares, por sua vez, oferecem uma fonte estável e contínua de energia, o que tem levado o governo a considerar o adiamento de manutenções e a viabilização do projeto Angra 3. (Valor Econômico – 20.08.2024)