Cemig enfrenta obstáculos legais e políticos para avançar com privatização em Minas Gerais

A privatização da Cemig, estatal mineira de energia, exigirá um referendo popular, mesmo com a aprovação de um projeto de lei na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para a desestatização, conforme afirmou o presidente da empresa, Reynaldo Passanezi Filho. A Constituição de Minas Gerais exige referendos populares antes da privatização de estatais de setores como energia elétrica e saneamento básico, mas uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) enviada pelo governador Romeu Zema no ano passado, que busca eliminar essa exigência, ainda não foi aprovada. Se o projeto de lei for aprovado sem a PEC, o referendo será necessário para avançar com a privatização da Cemig. Zema tem defendido a privatização, mas enfrenta resistência política, com uma CPI investigando supostas irregularidades envolvendo a Cemig e outras empresas do setor. (Valor Econômico – 18.11.2024)