A ENBPar, estatal responsável pela parte brasileira da hidrelétrica de Itaipu, descumpriu uma determinação da Controladoria-Geral da União (CGU) e manteve em sigilo o “Acordo Operativo” que define diretrizes sobre a contabilização da energia gerada pela usina, incluindo a “energia excedente”, que pode impactar diretamente as tarifas de energia para mais de 130 milhões de brasileiros, com um custo adicional estimado de R$ 1,7 bilhão anuais. Embora a CGU tenha ordenado a liberação do documento, a ENBPar alegou que o conteúdo é sigiloso devido à sua natureza internacional e à participação de uma entidade estrangeira, o que gerou críticas de especialistas, juristas e entidades de transparência, que consideram o descumprimento uma violação da Lei de Acesso à Informação e dos princípios de transparência e responsabilidade pública. A situação levanta preocupações sobre a falta de clareza sobre o impacto da energia de Itaipu nas contas de luz e na economia brasileira. (Valor Econômico – 27.03.2025)