No momento em que o país precisa acionar termelétricas caras e poluentes para garantir o suprimento de eletricidade diante de uma forte seca nos reservatórios de algumas das principais hidrelétricas, parte das obras para ampliar a capacidade instalada do Brasil nos próximos anos está atrasada. Quase 40% da eletricidade prevista para entrar em operação até 2026 depende de obras com execução fora do cronograma. De toda a capacidade esperada para entrar em operação entre 2021 e 2026, 38% da energia prevista serão gerados por obras cujo cronograma está fora do prazo previsto nos contratos. Os dados são da Aneel, responsável por fiscalizar e acompanhar o andamento das obras. São usinas de biomassa, eólicas, solares e termelétricas, além de algumas pequenas hidrelétricas. A previsão é que entre este ano e 2026 um total de 38,1 mil MW de energia entrem em operação no Brasil. Desse montante, usinas responsáveis por gerar 14,5 mil MW de eletricidade têm o cronograma de entrega fora dos prazos. A maior parte são usinas solares, seguidas por termelétricas, eólicas e hídricas. (O Globo – 21.05.2021)