Assim como acontece com Petrobras, Vale e os bancos, a base acionária da Eletrobras tem um predomínio de grandes investidores, que costumam manter ações a longo prazo. Para não manter essa liquidez parada, parte desses investidores a disponibilizam para o aluguel, especialmente com as recentes mudanças feitas pela B3 que tornaram esse tipo de negociação mais transparente. Por isso, mesmo em momentos de pico na demanda pelo aluguel da ação, é difícil que a taxa se altere. De fato, as interpretações do mercado têm sido positivas mesmo com a inserção de diversos elementos alheios ao texto original – os chamados jabutis – na MP. Tanto a Câmara quanto o Senado inseriram na medida uma série de mudanças que criam reservas de mercado para usinas térmicas em regiões onde não há estrutura para que elas operem. A manobra deve custar R$ 84 bilhões ao consumidor ao longo das próximas décadas. (Broadcast Energia – 21.06.2021)