Diante da pior crise hídrica já registrada no País e escassez nos principais reservatórios, o governo deu aval para a contratação simplificada de energia e de reserva de capacidade para enfrentar a crise. A decisão considera resultados de estudos sobre as condições de fornecimento de energia elétrica nos próximos anos e é vista como necessária para garantir o suprimento. De acordo com dados, não há perspectiva de chuvas relevantes nos próximos meses. A recomendação foi feita pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) em reunião na última sexta-feira, 3, e referendada pela Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (Creg) nesta quinta-feira, 9. O colegiado, criado pela Medida Provisória 1.055/2021, é presidida pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e composta por outros ministros de Jair Bolsonaro. A decisão prevê a contratação de empreendimentos nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul, que devem entrar em operação já em 2022 até 2025. As regiões são as mais atingidas pela seca neste momento. De acordo com os dados apresentados na última semana em reunião do CMSE, a previsão é que os reservatórios no Sudeste/Centro-Oeste e Sul registrem apenas 15,2% e 22,6%, respectivamente, de suas capacidades de armazenamento no fim de setembro. Além disso, a Creg homologou condições para a operação da usina termelétrica GNA I, no Porto de Açu, em 2021 e 2022. A ação faz parte do esforço para viabilizar todos os recursos energéticos disponíveis. (O Estado de São Paulo – 09.09.2021)