O agravamento da crise hídrica exigiu medidas urgentes para evitar apagões e até mesmo um racionamento. O governo lançou programas para redução voluntária do consumo de energia voltados para indústrias e consumidores residenciais. Há também um esforço para adiantar obras de transmissão e geração e acionar todas as usinas possíveis, até mesmo as mais caras. É o caso da térmica William Arjona, em Campo Grande, que retomou a operação após anos parada. Desde o ano passado, o governo autorizou a importação de energia de países vizinhos. O ex-diretor da Aneel, Edvaldo Santana, explica que, em situações consideradas normais de operação do sistema, algo entre 5% e 8% da capacidade instalada das usinas hidrelétricas serve como reserva operativa. Essa parcela da produção fica disponível para serem acionadas imediatamente, caso seja necessário. “É um dos itens mais relevantes para dar segurança e confiabilidade. Desde julho, a maior parte dessa reserva operativa passou a ser utilizada como um gerador ativo. Ou seja, estamos sem parte da reserva, o que aumenta os riscos. O CMSE diz que usará menos a reserva operativa”, disse. “Também reduz o risco de apagões motivados pelos baixíssimos níveis dos reservatórios das hidrelétricas”. (O Estado de São Paulo – 07.10.2021)