Mesmo com medidas, oferta de energia preocupa o ONS

Mesmo se implementar todas as ações planejadas para garantir o fornecimento de energia, o setor elétrico ainda estará diante de um quadro “preocupante” no segundo semestre, alertou o diretor-geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi.  O diretor avalia que é preciso avançar com as medidas, além do setor, para afastar o risco de apagão ou racionamento no consumo de energia. Isso impediria que os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste cheguem ao nível de 7,5% no fim de novembro. Porém, se as ações emergenciais surtirem o efeito esperado, os reservatórios poderão alcançar 10,3% da capacidade no Sudeste/Centro-Oeste. Neste caso, a situação ainda seria “bastante crítica”, na visão do diretor-geral do ONS, pois representaria um nível abaixo de todas as referências mensais dos últimos 20 anos. A única sobra de potência viria do Nordeste, com cerca de 3,3 mil megawatts (MW) em novembro. Para especialistas, a sobra de energia apontada oferecerá pouca “margem de manobra” para operar o sistema com segurança no período, às vésperas do Natal. (Valor Econômico – 16.06.2021)