O reduzido nível de armazenamento de água já verificado nos principais reservatórios de hidrelétricas da Região Sudeste do País tende a se agravar até o fim deste ano, o que deve levar o setor elétrico a adotar medidas ainda mais extremas para evitar cortes de energia e possíveis desligamentos de usinas. O Estadão teve acesso a projeções técnicas feitas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que é o órgão que tem a missão de monitorar e definir como se dá a geração de energia no País. As estimativas fechadas em junho apontam que, mesmo após a determinação para que as usinas liberem o mínimo possível de água, a maior parte dos reservatórios chegará ao fim de novembro – quando acaba o período seco – com menos de 10% do volume útil de água que podem armazenar. No limite, a depender das condições técnicas de cada usina, suas turbinas vão precisar ser desligadas, por causa do pouco volume de água disponível para passar pelas máquinas, sob o risco de comprometê-las. “Os resultados das projeções até novembro de 2021 apontam para condições de armazenamento em praticamente todos os reservatórios da Bacia do Rio Paraná na faixa entre 5% e 10% de seus volumes úteis durante todo o período”, afirma o ONS no documento. (O Estado de São Paulo – 10.07.2021)