Ao menos uma vez por ano o segmento de transmissão de energia se agita além do normal. O motivo é o leilão da Aneel que oferta novos lotes de concessão para novas instalações de linhas ou revitalização de ativos já em operação. Em duas décadas já foram realizados mais de 50 certames. Nos últimos dois anos foram realizados apenas dois leilões. O terceiro está programado para dezembro com a oferta de cinco lotes. A previsão é que a diretoria colegiada da Agência conclua as consultas públicas até 3 de agosto. A estimativa de investimento, somando os leilões de dezembro de 2020 e junho de 2021, é de R$ 8,64 bilhões. O leilão previsto para o fim deste ano deve envolver outro R$ 1,9 bilhão. “Os leilões são importantes porque é essencial ter um sistema mais integrado na transmissão de todas as fontes energéticas para suprir os estresses das hidrelétricas”, diz Maurício Tolmasquin, professor de planejamento energético do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ). O setor elétrico ainda está de olho na modernização de linhas que têm mais de 40 anos e estão no Sul e Sudeste. Ainda falta regulação para a troca maciça de equipamentos, mas a expectativa é de a abertura de um novo nicho de negócios que pode envolver mais de R$ 30 bilhões em investimentos. (Valor Econômico – 30.07.2021)