Em meio à baixa nos reservatórios das hidrelétricas e ao avanço do consumo de energia, o ONS prevê que o CMO do sistema chegará a R$ 2.540,18 por MWh na primeira semana de agosto, aumento de 105,2% em relação à semana que se encerra. Os dados são do boletim do PMO do órgão, publicado nesta sexta-feira (30). A alta nos custos reflete a necessidade de despacho de usinas térmicas, mais caras, em meio à baixa na geração hidrelétrica. Segundo o ONS, as afluências para agosto continuam abaixo da média em todos os subsistemas. Os reservatórios das usinas hidrelétricas localizadas no Sudeste e Centro-Oeste devem chegar ao final do mês de agosto com 21,4% de capacidade. No Sul, a previsão é que o armazenamento das usinas atinja 25,6%, enquanto no Nordeste a expectativa é de 49% de capacidade. A situação é melhor no Norte, que deve terminar agosto com 74,1% de capacidade nos reservatórios. Por outro lado, a previsão é de recuperação no consumo de energia elétrica em todo o país. O operador projeta que a carga no SIN vai chegar a 67.589 MW médios em agosto, alta de 4,6% em relação a igual mês em 2020. De acordo com o órgão, o crescimento reflete a recuperação da economia mais forte do que o previsto no início do ano devido ao avanço da vacinação no país para conter a pandemia. Com isso, também há expectativa de que a atividade industrial se mantenha em patamares elevados e de que o de segmento de serviços se normalize nos próximos meses. (Valor Econômico – 30.07.2021)