O governo prepara um socorro de até R$ 15 bilhões para aliviar o caixa das distribuidoras de energia elétrica e evitar um “tarifaço” nas contas de luz em 2022 — ano de eleições presidenciais — causado pela alta dos combustíveis como o gás natural e o diesel. Embora a conta não chegue para o consumidor no próximo ano, o movimento articulado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) vai representar um aumento na fatura nos anos seguintes. A pedido do governo, o BNDES começou a sondar bancos para montar um novo empréstimo para distribuidoras de energia arcarem com os custos mais altos da geração de eletricidade. Nesse caso, esse custo foi causado pela crise hídrica, que fez o governo acionar o máximo possível de usinas termelétricas, situação que deve se repetir no próximo ano, mesmo com o início das chuvas. Além de mais poluentes, as usinas termelétricas têm custos mais altos. Somado a isso, o aumento do preço dos combustíveis em todo o planeta deixou mais cara a produção de energia por meio de usinas termelétricas. Em suma, essas usinas, no Brasil, são movidas majoritariamente a gás natural e óleo diesel, e o custo desse combustível é repassado para as tarifas cobradas pelas empresas. (O Globo – 27.10.2021)