A aposta do mundo para limitar o aquecimento global até 2050 está no hidrogênio verde, trata-se da eletrólise da água, que separa o hidrogênio do oxigênio, a energia elétrica tem de ser de uma fonte totalmente renovável, como a eólica e a solar. A efervescência no setor foi captada pelo banco de investimento Goldman Sachs, que calcula que até 2050 o mercado de hidrogênio no mundo ultrapassará US$ 11 trilhões. A solução é vista como a principal alternativa ao petróleo – até mesmo para as petroleiras. Para não ficar para trás, a maioria delas tem estudos e projetos para a produção de hidrogênio verde. Segundo o sócio da McKinsey João Guillaumon, o Brasil pode se tornar um dos líderes mundiais na produção do hidrogênio verde. Cálculos da consultoria mostram que até 2040 a receita com esse combustível limpo ficará entre US$ 15 bilhões e US$ 20 bilhões, sendo 70% do montante no mercado doméstico. O volume de energia elétrica terá de ser elevado em 180 gigawatts (GW) apenas com renováveis. Apesar de ser a grande aposta do mundo, a produção em larga escala do produto terá de superar uma série de desafios. (O Estado de São Paulo – 23.11.2021)