A CCEE apontou que o Brasil consumiu em 2021, 64.736 MW médios, volume 4,1% maior em relação ao ano anterior. Para a organização, o resultado é um reflexo da recuperação da economia brasileira, fortemente afetada pela pandemia de COVID-19 em 2020, sobretudo ao longo do primeiro semestre. De acordo com a CCEE, o mercado livre, que abastece indústrias e grandes empresas, avançou 13,6% na comparação anual, consumindo 22.244 MW médios ou 34,5% do total demandado pelo SIN. Boa parte dessa alta se explica pela entrada de novos participantes nesse segmento nos últimos 12 meses. Se consideradas apenas as cargas que já atuavam no ambiente ao final de 2020, o aumento seria menos intenso, de 2,6%. Já o mercado regulado, responsável por distribuir energia para consumidores menores, como residências e escritórios, manteve certa estabilidade, com recuo de apenas 0,2%. Foram utilizados 42.492 MW médios. Desconsiderando as migrações de unidades consumidoras que foram para o segmento livre no último ano, observaríamos um crescimento de 0,8%. A indústria automotiva, uma das mais afetadas pela pandemia de COVID-19 em 2020, representou o segmento com o maior aumento no consumo de energia no ano passado no mercado livre. Se expurgarmos do cálculo as unidades consumidoras migradas para o ambiente nos últimos 12 meses, o setor de veículos apresentou uma alta de 21%. Em seguida, destacam-se o ramo têxtil, com crescimento de 20% e metalurgia e produtos de metal, com aumento de 12%. (CanalEnergia – 19.01.2022)