O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) decidiu reduzir o teto de preço para o acionamento de usinas térmicas no país, retirando do sistema projetos que cobrem mais de R$ 600 por MWh (megawatt-hora) gerado. Para enfrentar a seca em 2021, o governo autorizou o uso de todo o parque térmico disponível no país, acionando usinas que chegavam a custar R$ 2.500 por MWh. Nesta quarta, o país gerou cerca de 9.000 MW em energia térmica e importou 0,1 MW do Uruguai, segundo dados do ONS. Por outro lado, exatos seis meses atrás, o volume de energia gerado por térmicas chegou a 18.945 MW. Para bancar os custos extras, foi criada a bandeira tarifária de escassez hídrica, com vigência até abril. Além disso, o CMSE também estabeleceu um teto de R$ 1.000 por MWh para a importação de energia dos países vizinhos e um limite de 10.000 MW para a geração térmica e a importação de energia. “Essa mudança na política operativa deverá se traduzir na redução dos custos percebidos pelos consumidores de energia elétrica”, disse, em nota o MME. (Valor Econômico – 02.02.2022)