Apesar de ver o Brasil com grande potencial nas eólicas offshore e no hidrogênio verde, o Country Manager da Enel no Brasil, Nicola Cotugno, avalia que o fator financeiro ainda é preponderante. Em conversa com jornalistas após o lançamento do estudo “Caminhos para a Transição Energética no Brasil”, o executivo revelou que a empresa tem obrigação de buscar os recursos mais econômicos e a eólica offshore tem custos e manutenção mais caros. “Hoje temos alternativas mais baratas e nossa missão é fornecer energia a um preço o mais baixo possível”, explica Cotugno. O executivo acredita que no futuro o Brasil poderá produzir e exportar H2 ou amônia verdes para a Europa ou Japão, caso em alguma região a equação financeira de uma eólica offshore chegue a um valor competitivo. Ele conta que hoje o custo da tecnologia para produção do hidrogênio é alto, o que o inviabiliza. O energético verde é definido por Cotugno como um vetor e não uma fonte de energia, já que se usa uma fonte de energia para criar hidrogênio. O executivo elogiou as movimentações do governo em direção a novas tecnologias como eólicas offshore e o próprio H2 verde. (CanalEnergia – 28.04.2022)