As tarifas de 2022 terão custo adicional de R$ 37 bilhões, mesmo com a adoção de medidas mitigadoras como o empréstimo da conta escassez hídrica, a redução da tarifa de Itaipu e o uso de créditos tributários do PIS e da Cofins. A conta foi apresentada pelo superintendente de Gestão Tarifária da Agência Nacional de Energia Elétrica, Davi Antunes Lima, durante audiência na Comissão de Fiscalização e Controle do Senado para discutir o reajuste tarifário da Enel Ceará. Crise energética, inflação e escalada dos preços dos combustíveis e da energia elétrica são um problema atualmente para todo os países do mundo, afirmou o superintendente na reunião realizada no dia 5 de maio. Lima explicou que o reajuste tarifário observa estritamente a legislação e a regra contratual, e a agência reguladora não se afasta dessas normas. A presidente da Enel CE, Marcia Vieira Silva, explicou que a empresa fez no ano passado um diferimento de 12%, deixando de aplicar esse custo na tarifa de energia. O valor entrou no cálculo tarifário desse ano como um componente financeiro, elevando a tarifa. A executiva também destacou para onde valor arrecadado pela distribuidora é repassado. Foram 410 votos a favor e 11 contra. Uma clara demonstração, na avaliação do parlamentar, de que o Congresso Nacional está preocupado com o aumento das tarifas. (CanalEnergia – 06.05.2022)