Petrobras: Josué Gomes, da Fiesp, deve ser indicado ao conselho da estatal

O empresário Josué Gomes da Silva, presidente da Fiesp, é um dos nomes que deve integrar o Conselho de Administração (CA) da Petrobras, segundo apurou o Estadão/Broadcast. Gomes integraria a chapa de seis nomes que o governo vai enviar à estatal para representar a União, controladora da Petrobras, em seu colegiado. Ao todo, o Conselho da Petrobras tem 11 membros, com seis do indicados do governo, quatro minoritários e um representante dos funcionários. A montagem da chapa governista foi discutida em reunião entre o novo presidente executivo da estatal, Jean-Paul Prates, e o presidente Lula (PT) na tarde de quinta-feira, 26, mesmo dia em que Prates foi confirmado no cargo pelo atual Conselho. Eles também teriam alinhado futuras indicações para a diretoria da empresa. Com Lula eleito, durante a transição de governo, Gomes surgiu como opção para o Ministério da Indústria e Comércio (Mdic), mas teria recusado o convite. O cargo foi acumulado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). Com bom trânsito no governo Lula, o atual presidente da Fiesp deve ir agora para o Conselho da maior empresa do País. Para o conselho da Petrobras, os nomes do governo têm de ser enviados à empresa pelo MME, para serem avalizados em três etapas antes do escrutínio de acionistas: pela área de conformidade, pelo Comitê de Pessoas do Conselho e pelo pleno do colegiado de 11 membros, que já inclui o novo presidente, Jean-Paul Prates. Na sequência, a chapa é submetida a assembleia de acionistas. Conforme o Estadão/Broadcast noticiou, o mais provável é que os nomes de conselheiros majoritários e minoritários a serem eleitos pelo mecanismo do voto múltiplo sejam submetidos à assembleia somente em 16 de abril, na reunião de acionistas já prevista no calendário corporativo. Esse processo pode ser antecipado, com a convocação de uma assembleia geral extraordinária (AGE). As exigências de checagem e o tempo mínimo de preparação de 30, no entanto, limitariam a antecipação, segundo pessoas com conhecimento do assunto. “Esperar abril daria quase no mesmo”, diz uma fonte próxima de Prates. Um atual conselheiro, que falou ao Estadão/Broadcast anonimamente, faz a mesma leitura. (O Estado de São Paulo – 30.01.2023)