Com foco total em transformar a companhia em uma “corporation” por meio de uma oferta pública de ações, a Copel confirmou que não participará dos megaleilões de transmissão de energia previstos para acontecer em 2023. Um dos motivos da decisão é que a empresa já está comprometida em pagar R$ 3,7 bilhões à União em outorgas para a renovação da concessão de três hidrelétricas. Isso vai exigir um esforço de caixa, que precisará ainda fazer uma captação primária e não poderá se comprometer com investimentos previstos nos certames de transmissão. O governo federal prevê que os leilões vão demandar aportes da ordem de R$ 50 bilhões. “A grande prioridade da companhia é executar o projeto de corporação. Temos agora o bônus de outorga, que já está calculado com o valor de R$ 3,7 bilhões e muito provavelmente faremos um esforço de caixa e também uma captação primária. Então a gente decidiu tornar aqui prioridade apenas este projeto, que é bastante relevante e fará com que a gente consiga renovar 60% do nosso parque gerador. Então não temos a pretensão de participar dos leilões de transmissão este ano”, disse o diretor de desenvolvimento de negócios da Copel, Cassio Santana da Silva. (Valor Econômico – 15.05.2023)