O diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, afirmou que investir em projetos de geração de energia limpa em países com regulação adiantada é uma opção na mesa da Petrobras. Ele falou a jornalistas no fim da tarde da segunda-feira, 5, em seminário sobre sustentabilidade organizado pelo BNDES em parceria com a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) e a Fundação Friedrich Ebert Stiftung (FES), da Alemanha. Esses investimentos internacionais, disse Tolmasquim, poderiam acontecer, desde que de maneira minoritária, em eólica offshore e hidrogênio verde, para que a Petrobras drible a demora na regulamentação dessas atividades no País e possa “esverdear” seu portfólio de ativos ao passo que acumula expertise para grandes projetos domésticos no futuro. Em linha com o que vêm dizendo integrantes da diretoria da Petrobras, inclusive o presidente Jean Paul Prates, os novos investimentos deverão acontecer em parceria com grandes empresas especializadas na atividade visada, a fim de compartilhar riscos e capital investido. Dentro do País, Tolmasquim afirmou que a companhia também considera investimentos em projetos greenfield de mercados considerados maduros. Isso poderia passar, por exemplo, por investimentos em eólica em terra, que têm regulação avançada. Uma investida da Petrobras nesse mercado serviria como uma demonstração mais rápida do engajamento da estatal com negócios de energia limpa. Mas, por ora, lembrou o diretor, tudo são “possibilidades”. Decisões, de fato, somente no novo plano estratégico para o quinquênio entre 2024 e 2028, a ser divulgado em novembro. (Broadcast Energia – 05.06.2023)