O choque de energia barata pode finalmente chegar às pequenas e médias empresas. Com a Portaria 50/2022, do Ministério de Minas e Energia, que permite aos consumidores de alta tensão comprar energia elétrica de qualquer supridor a partir de janeiro de 2024, as comercializadoras já colocam em prática as estratégias para dar um salto em suas carteiras de clientes. O mercado livre de energia é o segmento em que o consumidor de energia elétrica pode escolher o seu fornecedor e estabelecer contratos por fonte, prazo ou preço. O presidente da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), Rodrigo Ferreira, comemora o interesse das empresas pelo ambiente de contratação livre, mas frisa que este é um segmento que chegará primeiro a consumidores mais intensivos em energia. “Estamos falando dos 0,04% maiores consumidores de energia do Brasil (…). Serão redes de padarias, farmácias, supermercados e que pagam no mínimo entre R$ 10 mil e R$ 15 mil por mês de energia elétrica”, explica Ferreira. Com a possibilidade de ampliar a fatia de mercado que antes estava reservada às concessionárias de energia, as comercializadoras têm sido cada vez mais agressivas nas estratégias de captação de novos clientes com desconto de até 35% em relação à tarifa das concessionárias. (Valor Econômico – 04.10.2023)