O relatório do Projeto de Lei 11.247/18, originalmente destinado às eólicas offshore, causou polêmica ao incluir benefícios de última hora para termelétricas a carvão mineral. A medida, estimada em gerar um custo adicional entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões anuais, surpreendeu o setor elétrico, visto como contraditória à busca por uma imagem sustentável durante a COP28 em Dubai. A inclusão de vantagens para fontes poluentes como gás natural e carvão foi criticada, especialmente pela concessão de flexibilidades contratuais e prolongamento de contratos. A inserção de elementos estranhos, chamados de Jabutis, no texto original foi condenada por diversos setores, incluindo a União pela Energia e a Frente Nacional dos Consumidores de Energia, que expressaram indignação diante da imposição de custos extras em meio à crise climática. A Abrace Energia, representando grandes consumidores industriais, manifestou surpresa e repúdio à concessão de mais subsídios ao carvão, contrariando a vocação do país por energia limpa e renovável. Antes dos benefícios ao carvão, a entidade havia alertado sobre um custo adicional de R$ 28 bilhões, a ser dividido entre os consumidores brasileiros. (Broadcast Energia – 29.11.2023)