Para alcançar o déficit zero em 2024, o governo tem se apoiado nos dividendos da Petrobras, que em 2023 pagou R$ 177,5 bilhões à União. No entanto, a distribuição de dividendos tem sido criticada, com argumentos de que menos dividendos poderiam permitir mais investimentos. A situação é agravada pela pressão sobre os preços dos combustíveis e a necessidade de reajustes. Apesar do bom desempenho da Petrobras em 2023, 2024 foi marcado por tensões relacionadas aos dividendos, após o veto à distribuição de R$ 43,9 bilhões em dividendos extraordinários em 2023, resultando em uma perda de R$ 55,8 bilhões em valor de mercado. A projeção é que a União arrecade R$ 43,6 bilhões com dividendos de estatais em 2024. Especialistas destacam a importância da Petrobras para as contas públicas e a economia brasileira, mas ressaltam que parte dos resultados foi influenciada por choques nos preços internacionais do petróleo, de natureza não recorrente. (Valor Econômico – 05.04.2024)