Desde o apagão de 15 de agosto de 2023, que cortou 30% da carga elétrica do Brasil, o termo “curtailment” (corte de geração de energia renovável) ganhou relevância no setor energético. Este problema surge da necessidade de limitar a geração de fontes renováveis, como eólicas e solares, para manter a estabilidade da rede de transmissão, o que tem causado prejuízos significativos às empresas e pode impactar a expansão futura dessas fontes. O Operador Nacional do Sistema (ONS) tem ajustado suas metas de intercâmbio de energia, e as perdas para o setor eólico podem chegar a R$ 700 milhões até o fim do ano. O dilema envolve a necessidade de um equilíbrio entre expandir a rede para acomodar variabilidades e restringir a geração quando necessário. A discussão inclui a criação de regras uniformes para os cortes e ressarcimento e a possibilidade de introduzir mecanismos comerciais, como leilões, para gerenciar esses cortes de forma mais eficiente e equitativa. (Valor Econômico – 30.08.2024)