Nos últimos meses, o nível de armazenamento das hidrelétricas brasileiras tem diminuído significativamente devido à pior seca em 94 anos, o que gera preocupações sobre uma possível crise energética semelhante à de 2021. Embora o quadro não seja considerado alarmante ainda, a situação pode piorar se as chuvas esperadas a partir do fim de novembro não ocorrerem. O fenômeno El Niño causou seca em grande parte do país e chuvas intensas no Sul, enquanto o Brasil passou a um período de neutralidade com possíveis efeitos de La Niña, que pode trazer mais chuvas ao Norte e seca ao Sul. Apesar da baixa afluência dos rios e do aumento nas tarifas de energia devido ao acionamento de termelétricas, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) garante que há recursos suficientes para atender a demanda. Medidas para garantir o suprimento elétrico incluem maior uso de energia eólica e solar e acionamento de térmicas a gás natural liquefeito. O consultor Edvaldo Santana alerta que a média histórica para operação dos reservatórios pode estar superestimada devido ao impacto das mudanças climáticas. (Valor Econômico – 11.09.2024)