A aprovação do Projeto de Lei 528/2020, conhecido como “Combustível do Futuro”, marcou uma divisão no setor elétrico brasileiro, principalmente entre a geração distribuída, especialmente solar, e outros segmentos do mercado de energia. O PL, que agora aguarda sanção presidencial, excluiu uma emenda polêmica que ampliava benefícios para micro e minigeração distribuída, estendendo descontos no uso de redes de transmissão e distribuição até 2045. Enquanto associações do setor solar defendiam a emenda para melhorar a competitividade do etanol, outras entidades do setor elétrico se opunham, alegando que os subsídios aumentariam o custo da energia em até R$ 24 bilhões. A exclusão da emenda destaca o conflito entre a busca por incentivos para energia renovável e a necessidade de controlar os custos de energia. A geração distribuída, que inclui a solar, continua a desempenhar um papel importante na matriz energética do país, apesar das mudanças regulatórias. (Valor Econômico – 16.09.2024)