O consumo de energia elétrica no Brasil aumentou 8,95% no primeiro semestre de 2024 para as classes não industriais em comparação com o mesmo período do ano anterior, enquanto o consumo das classes industriais subiu 4,11%, de acordo com dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Esse aumento é um reflexo do crescimento da economia brasileira, com o PIB crescendo 2,5% e 3,3% no primeiro e segundo trimestres de 2024 em relação ao mesmo período do ano anterior, respectivamente. Doze dos 14 indicadores de infraestrutura monitorados pela CNI cresceram no mesmo período, incluindo tráfego de caminhões em rodovias federais pedagiadas (10,82%), transporte de cargas aéreas (7,29%), uso da internet fixa (6,23%) e circulação de veículos leves em estradas federais pedagiadas (5,87%). A alta no tráfego de veículos pesados está diretamente relacionada ao aumento nas vendas de caminhões novos no período (10,2%), o que reflete o aumento do transporte de cargas nas estradas brasileiras. Atualmente, 62% das cargas no Brasil são levadas por caminhões, e 85% da matriz de transporte do país é composta por estradas, excluindo o transporte de minérios e combustíveis. Isso é muito mais do que em outros países de grande dimensão territorial e econômica, como os Estados Unidos, onde as estradas representam 32% do transporte de cargas, e a China, onde o número é de 50%. A queda no consumo de petróleo (-12,57%) e derivados (-0,15%) pode ser parcialmente explicada pela maior competição do etanol em relação à gasolina no período, bem como pelo aumento do número de veículos elétricos e híbridos no país. A CNI destaca que o predomínio das rodovias no Brasil está associado à baixa eficiência logística do sistema de transporte, e o diretor de Relações Institucionais da entidade, Roberto Muniz, afirma que, no Brasil, existem situações em que a carga embarca em São Paulo com destino à Belém ou de Porto Alegre para Teresina. (Broadcast Energia – 24.09.2024)