Mauricio Tolmasquim, diretor executivo de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, afirmou em entrevista que o período de seca que o Brasil vem enfrentando reforça a importância das usinas termelétricas flexíveis. Segundo ele, em momentos de falta d’água ou em variações fortes da geração solar, as térmicas flexíveis são fundamentais para suprir a demanda energética. Tolmasquim destacou que o Brasil não precisa de usinas térmicas inflexíveis, que funcionam o tempo todo, mas sim das flexíveis, que são acionadas a partir de alguma necessidade específica. A Petrobras tem interesse em participar do leilão de reserva de capacidade de energia elétrica, que está sendo planejado pelo governo federal, tanto para vender energia das térmicas já existentes, que estão sem contrato, como para colocar uma térmica nova no Gaslub, antigo Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). A construção da nova termelétrica flexível depende da vitória da Petrobras no leilão. O Ministério de Minas e Energia ainda não anunciou uma data para o leilão de capacidade, mas a previsão é de realização até o fim do ano. Tolmasquim disse que não sabe se a seca no Brasil pode fazer o governo acelerar o certame. (Broadcast Energia – 22.09.2024)