Com empate em caso da Amazonas Energia, aumenta a pressão por novo diretor da Aneel

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) acumula sete processos paralisados há quatro meses, em função da falta de um quórum completo na diretoria. A transferência de controle da concessionária Amazonas Energia entrou para a lista de empates na última sexta-feira, pressionando ainda mais o governo. Ex-diretores e interlocutores apontam para o aumento da ingerência política nas indicações para os órgãos reguladores como fator para a demora na definição da quinta direção. O secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Gentil Nogueira, é o nome mais cotado para a substituição, mas sua ausência na secretaria pode prejudicar a renovação dos contratos de diferentes distribuidoras e a “reestruturação” do setor. Na busca por um quinto diretor, três nomes internos foram os mais cotados para uma nomeação provisória: os superintendentes André Ruelli, Alessandro Cantarino e Carlos Mattar. A nomeação temporária seria até efetivação do novo diretor. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou publicamente que um nome definitivo estava em avaliação na Casa Civil e falou em “democratização” na discussão com o Senado sobre o novo nome. A Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) do Senado é responsável pela sabatina dos indicados para a diretoria. A falta de um quinto diretor coloca em risco a Medida Provisória aprovada em junho para possibilitar a transferência de controle da Amazonas Energia, que ainda não foi apreciada pelo Congresso e perderá validade em 10 de outubro. (Broadcast Energia – 03.10.2024)