A abertura total do mercado de energia elétrica no Brasil, permitindo que os consumidores possam escolher seu fornecedor e negociar termos do contrato, pode levar a uma consolidação das comercializadoras, segundo o líder da indústria de Energia e Serviços de Utilidade Pública da PwC Brasil, Adriano Correia. Atualmente, apenas os consumidores atendidos em alta e média tensão podem optar pelo mercado livre de energia e a expectativa é que a abertura total do Ambiente de Contratação Livre (ACL), incluindo clientes residenciais e pequenos comércios, se dê até 2030. O estudo da consultoria Strategy&, da própria PwC, destacou o movimento de consolidação em outros países, como Inglaterra e Austrália, que apresentam um nível de concentração muito mais alto. Correia explicou que esse movimento se deve aos diferentes perfis de clientes: os grandes consumidores, que exigem um tratamento técnico e especializado, e os de varejo, no qual o preço é o grande diferencial e se torna necessário ganhar escala. O levantamento da consultoria estima que o ACL movimentará R$ 120 bilhões até 2040 e o volume de comercialização de energia pode atingir até 65% do mercado brasileiro de energia elétrica em 2040. (Broadcast Energia – 27.10.2024)