A regulamentação do mercado de carbono no Brasil afetará cerca de 5.000 empresas, com ênfase nos setores industriais intensivos em energia e difíceis de descarbonizar, como cimento, aço, química, siderurgia, papel e celulose, e vidro, responsáveis por 80% das emissões industriais. O sistema de teto e comércio permitirá que empresas que emitam menos vendam créditos para as que ultrapassarem o limite, incentivando investimentos em redução de emissões. A expectativa é de ganhos de competitividade sem grande impacto nos preços para o consumidor, especialmente nos setores de commodities. O mercado de carbono financiará inovações tecnológicas de descarbonização, com setores como cimento e alumínio adotando soluções mais eficientes, enquanto áreas como a geração termoelétrica e a exploração de petróleo podem enfrentar custos mais altos. (Valor Econômico – 20.12.2024)