As fortes chuvas desde dezembro de 2024 estão permitindo a recuperação dos reservatórios das hidrelétricas brasileiras, que enfrentaram a pior seca da história no ano anterior. Com a expectativa de que o armazenamento continue a crescer, o Brasil poderá reduzir o uso de usinas térmicas em 2025, cujos custos são mais elevados. O cenário positivo é resultado também da maior oferta de energia eólica e solar e da operação de térmicas movidas a bagaço de cana. Projeções indicam que os reservatórios devem alcançar níveis confortáveis, com o GSF (índice de geração das hidrelétricas) em torno de 84,3% para 2025. Esse quadro pode resultar em preços mais baixos de energia, especialmente no mercado livre, e na manutenção da bandeira tarifária verde no primeiro semestre. Contudo, especialistas alertam que, apesar da recuperação, o risco de um período seco severo ainda exige vigilância para evitar problemas no abastecimento energético, especialmente após setembro. (Valor Econômico – 21.01.2025)